PHONEUTRIA (ARMADEIRA)
Phoneutria
Conhecida
como armadeira por possuírem comportamento de defesa e saltarem em direção à
presa ou ao homem, elas erguem as patas dianteiras e os palpos, abrem as
quelíceras, tomando bem visíveis os ferrões.
Quadro Clínico
As
manifestações locais são predominantes do quadro clínico, sendo a dor de início
imediato e intensidade variável, podendo estar acompanhada de edema. Eritema,
parestesias e sudorese no local da picada. Em alguns casos pode ocorrer
sintomas sistêmicos diversos como: sudorese, tremores, convulsões, taquicardia,
arritmias, distúrbios visuais e até o choque.
Classificação
a)
Leves: mais freqüentes. Apresentam predominantemente sintomatologia local. A
taquicardia e agitação, eventualmente presentes, podem ser secundárias à
dor.
b)
Moderados: Associadas às manifestações locais, aparecem alterações
sistêmicas, como taquicardia, hipertensão arterial, sudorese discreta,
agitação psicomotora, visão “turva” e vômitos ocasionais.
c)
Graves: são raros, sendo praticamente restritos às crianças. Além das
alterações citadas nas formas leves e moderadas, há a presença de uma ou
mais das seguintes manifestações clínicas: sudorese profusa, sialorréia,
vômitos freqüentes, diarréia, priapismo, hipertonia muscular, hipotensão
arterial, choque e edema pulmonar agudo
Tratamento
Sintomático: a dor local deve ser tratada com
infiltração anestésica local ou troncular à base de lidocaína a 2% sem
vasoconstritor (3 ml - 4 ml em adultos e de 1 ml - 2 ml em crianças). A dor
local pode também ser tratada com um analgésico sistêmico, tipo dipirona.
Outro procedimento auxiliar, útil no controle da dor, é a imersão do local
em água morna ou o uso de compressas quentes.
A soroterapia antiaracnídea está indicada
nos casos moderados e graves. Analgésicos sistêmicos como dipirona e meperidina
também são usados; a imersão do local da picada com agua morna ou o uso de
compressas parecem ser úteis no controle da dor.
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história de vacinação prévia contra o Tétano
LATRODECTUS (VIÚVA NEGRA)
A
distribuição geográfica varia conforme a espécie de Latrodectus. A Latrodectus curacaviensis é encontrada
na região nordeste, enquanto a Latrodectus
geometricus é encontrada
praticamente em todo o país. Somente as fêmeas são causadoras de acidentes,
quando são comprimidas contra o corpo.
Quadro clínico
Geralmente,
o quadro se inicia com dor local, de pequena intensidade, evoluindo para
sensação de queimadura 15 a 60 minutos após a picada. Pápula eritematosa e
sudorese localizada são observadas em 20% dos pacientes. Podem ser visualizadas
lesões puntiformes.
As
manifestações sistêmicas mais frequentes são motoras com dor irradiada e
contrações espasmódicas dos membros inferiores, contraturas musculares
intermitentes, tremores, dor com rigidez abdominal.
Fácies latrodectísmica: eritema e sudorese de face e pescoço,
edema palpebral, blefaroconjuntivite, expressão de dor e eventualmente trismo
de masseteres.
Tratamento
Analgésicos
sistêmicos
Especîfico:
O soro antilatrodectus (SALatr) é indicado nos casos graves, na dose de uma a
duas ampolas por via intramuscular. A melhora do paciente ocorre de 30 minutos
a três horas após a soroterapia
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AUTORES:
Ddo Elias Soldatelli Oliboni
Ddo Henrique Pavan
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), 2001. Manual
de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos. Brasília:
FUNASA, Ministério da Saúde.
ISBISTER, G. K.; FAN, H. W. Spider bite. Lancet, v.
378, p. 2039-2047, 2011.
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